A
Procuradoria Geral do Município de Campo Maior vai pedir ao Ministério Público
para ingressar com a ação por improbidade administrativa por perdas e danos
causados ao erário publico e também ingressar na Justiça com o pedido de
indisponibilidade de bens do ex-prefeito João Félix e o ressarcimento aos
cofres públicos no valor de R$ 338.407,03 por não ter pago, em 2009,
fornecedores da Prefeitura de Campo Maior.
A
dívida gerou precatórios e, em outubro de 2019,o Tribunal de Justiça do Piauí
determinou o sequestro de verba público dos cofres do município para pagamento
desses precatórios.
Uma
das dívidas era de fornecimento de combustível no valor de R$ 245.249,76 e ai
também está sendo investigado o fato de que o abastecimento havia sido feito
mesmo para o consumo dos carros da Prefeitura de Campo Maior.
O
procurador geral do Município, Pedro Hilton, disse que o ex-prefeito João Félix
chegou a fazer acordo para o pagamento da dívida, mas deixou de cumprir o
acordo com o fornecedor, que faliu por
causa da falta de compromisso do ex-prefeito. O posto de combustível chegou a
ser arrendado e depois fechou novamente, voltando a funcionar somente em 2019,
quando a Prefeitura de Campo Maior fez o pagamento da dívida.
Pedro
Hilton disse que a falta de compromisso com os pagamentos das dívidas,
acarretou prejuízos ao aos cofres do município impedindo investimentos por
parte do poder público municipal. "Esses precatórios são apenas a ponta do
iceberg, tem vários outros já executados que também vamos entrar com ação de
improbidade", revela.
Só
com precatórios, em 2019 a Prefeitura de Campo Maior teve um prejuízo de R$ 5
milhões e a Procuradoria Geral do Município está avaliando quais desses
precatórios devem gerar ação de improbidade contra o ex-prefeito João
Felix.
“O
município de Campo Maior tem levado grandes prejuízos com esses precatórios
gerados a partir da gestão do ex-prefeito João Félix e o povo tem que ser
ressarcido”, afirma o procurador geral Pedro Hilton.